domingo, 30 de maio de 2010

PONTES DEVEM INTERLIGAR BELÉM A MOSQUEIRO E DESEOLVER A CIDADE



A interligação Belém-Mosqueiro por rodovias de acesso e quatro pontes nos distritos de Icoaraci e Outeiro é hoje a principal estratégia de crescimento de Belém, disse o prefeito Duciomar Costa, durante sobrevoo na última quinta-feira, 12
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Redação JC

A interligação Belém-Mosqueiro por rodovias de acesso e quatro pontes nos distritos de Icoaraci e Outeiro é hoje a principal estratégia de crescimento de Belém, disse o prefeito Duciomar Costa, durante sobrevoo na última quinta-feira, 12, na área do projeto, que deve ser concluído até mês que vem, com orçamento estimado em R$ 300 milhões.
A expectativa é reduzir o tempo da viagem em mais de 50 minutos e a distância em 60 quilômetros entre Belém e as duas ilhas.
Duciomar Costa sobrevoou de helicóptero os distritos para definir a localização exata dos acessos viários e das pontes que vão constar do empreendimento.
O projeto trará, com detalhes, o levantamento topográfico da área, das estradas que serão abertas e das quatro pontes que serão construídas para efetivar as interligações Icoaraci-Outeiro e Outeiro-Mosqueiro, além do estudo geológico e de impacto ambiental.
A conexão entre Outeiro e Mosqueiro é inédita. Vai possibilitar que a distância entre Belém e a ilha, a partir da ilha de Caratateua, seja reduzida de cerca de 60 quilômetros para apenas três.
A iniciativa do projeto, segundo o prefeito, é hoje a mais importante estratégia de crescimento da capital, já que a cidade, hoje, só pode crescer para as ilhas.

Bloqueio do crescimento

Na análise do secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Pimentel, Ananindeua, na Grande Belém, passou a bloquear o crescimento de Belém no continente. "A longo prazo esse projeto significa crescimento acelerado para Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro. Com a interligação, Mosqueiro seria para Belém o que a Barra da Tijuca representa hoje para o Rio de Janeiro", comparou. Assim, a capital do Estado teria, de ponta a ponta, de um extremo ao outro, a interligação pelos rios.
De um lado, a orla que chega com o projeto Portal da Amazônia; de outro, os distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro com infraestrutura e malha viárias apropriadas.
O secretário municipal de Urbanismo, que acompanhou o prefeito no sobrevoo, informou que o valor de R$ 300 milhões compreende investimentos na obra como um todo, como pontes, rodovias de acesso, urbanização da área, mais iluminação pública.
Sérgio Pimentel disse ainda que os estudos que vão compor o projeto básico definirão, por exemplo, se a principal ponte da interligação será ou não estaiada, ou seja, com cabos de aço ou estaios, no mesmo modelo da ponte da Alça Viária. O projeto executivo trará o detalhamento do projeto básico, e as etapas da execução.
“Belém está confinada e precisamos destravar isso, que é o que prevê o PDU (Plano Diretor Urbano). Também vamos fazer um projeto específico para produzir planos diretores específicos para as ilhas”, reiterou o prefeito.
A principal ponte que vai interligar os dois distritos de Belém terá 1.500 metros. Também constarão do projeto básico outras três pontes; a primeira delas vai fazer a ligação entre Icoaraci e Outeiro, substituindo a existente hoje.
Duciomar Costa ressaltou que a nova ponte que fará a ligação entre Icoaraci e Outeiro será projetada para suportar veículos pesados, já que a atual não tem condições e nem capacidade para absorver o impacto de grandes cargas.
O projeto de interligação viária com as quatro pontes será licitado para início imediato das obras, em maio. Segundo o prefeito, os recursos para garantir a execução da obra serão próprios, com a parceria do governo federal.

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